Budapeste é uma cidade que me impressionou em vários sentidos: história rica, povo forte e sofrido, monumentos deslumbrantes, a beleza do Rio Danúbio e uma memória impregnada nas ruas da cidade. Um bom exemplo disso é o Memorial “Sapatos às Margens do Danúbio”.
Bem próximo ao Parlamento Húngaro encontramos o Memorial, discreto, mas de uma força que não exige maiores explicações. Percebe-se claramente que aqueles sapatos são símbolos de uma tragédia provocada e eles atraem muitos visitantes que ficam chocados, como eu.
A população tem muito respeito pela sua história, marcada principalmente pela invasão dos nazistas e depois ficando sob o controle da União Soviética, imperando o Regime Comunista por 40 anos.
O Memorial “Sapatos às Margens do Danúbio” é um dos registros que contam um pouco dos tristes episódios da história húngara e que faz com que a memória nunca se apague, principalmente em relação aos abusos, maus-tratos e desumanidade sofridos pelo povo húngaro.
O monumento foi idealizado pelo cineasta Can Togay e o artista que o produziu foi o escultor Gyula Pauer, ambos húngaros e nascidos em Budapeste.
Três placas fixadas ao chão exibem os dizeres: “Em memória às vítimas assassinadas no Danúbio pelos militantes da Cruz de Flecha, no período de 1944 a 1945. Produzido em 16 de abril de 2005.”
A história por trás do Monumento conta que inúmeros judeus foram perseguidos e capturados pelos nazistas em Budapeste e enfileirados às margens do Rio Danúbio.
Como naquela época os sapatos eram considerados bens de valor, os homens, mulheres e crianças eram forçados a retirá-los e logo após, mortos por tiros na nuca ou alvejados, seus corpos caíam no rio e eram levados pela correnteza.
Até hoje as pessoas colocam velas e flores nos sapatos e fazem orações pelas vítimas, uma forma de prestar homenagem à elas.
E o Memorial serve também como alerta contra as atrocidades cometidas aos povos no passado, embora ainda estejam acontecendo horrores diante dos olhos do Mundo, que assistem à tudo, perplexos e aterrorizados. Mas isto é outra triste história!
Quer saber mais sobre Budapeste? Confira no post abaixo:
Váci Utca, a rua dos turistas em Budapeste
Porto Antico di Genova (Porto Antigo de Gênova) é uma área portuária linda, histórica e…
Ficamos hospedados no Hotel Wyndham Foz do Iguaçu, e considero que foi uma excelente escolha…
Fizemos um bate e volta de Santiago à Viña del Mar, que considero um dos…
O Museu da Memória e dos Direitos Humanos, localizado em Santiago, Chile, é uma instituição…
Altar da Igreja Matriz de Santo Antônio Em uma viagem à Catas Altas, cidade próxima…
Facilidade na troca de operadoras, mais espaço nos dispositivos, maior segurança e confiabilidade, suporte a…
View Comments
Bacana Gisele.....Sempe histórias interessantes....
Que ótimo que gostou, Rubens, muito obrigada.
Seu post também é uma homenagem a essas pessoas que foram assassinadas de forma tão cruel. Parabéns!
Muito obrigada, Rozembergue, fico muito feliz com seu comentário. Um grande abraço.
Nossa também fiquei chocada, quanta crueldade do ser humano, um lugar triste mas bonito de ir para homenagear as pessoas assassinadas pelos bárbaros.
É verdade, Paloma, infelizmente aconteceu, agora só resta recordar e homenagear os mortos. Um alerta para que no futuro não volte a acontecer novamente.
Que triste. :/
Meus Parabéns linda sua homenagem.
Olá, Jenny, realmente é muito triste. Obrigada pelo comentário, apareça sempre.
Gisele vou estar em Budapeste nos dias 11 a 18 de Setembro, no entanto, na verdade, minha viagem já começou através de seus comentários consigo visualizar a bela paisagem da Hungria, os monumentos históricos, como também a tragédia que se abateu sobre os húngaros durante e após a segunda guerra mundial. Peçamos a Deus que a ´paz se instale no coração dos homens .
Olá, Hilda, fico feliz que já esteja curtindo sua viagem mesmo antes de embarcar, também sou assim. E, bacana que esteja fazendo isto aqui no blog, seja sempre muito bem vinda e que sua viagem seja um sucesso, aproveite muito, porque Budapeste vale muito a pena. Beijos.
Até qdo as pessoas vão ter em sua mente a existência de um Deus sempre ausente.Se existisse essas pobres pessoas e outras ao longo da história da humanidade não seria vitimas de crueldade,humilhação,desigualdades,etc....
Mesmo por foto o choque é imenso. Dá vontade de chorar...triste demais. obrigada por dividir sua experiência conosco.
Olá Terezinha, realmente é chocante, meu objetivo com o post foi mostrar o monumento e a triste história por trás dele. Eu que agradeço pela visita, volte sempre. Beijos.
Descobri a existência desse memorial por meio de foto recente de uma amigo distante que está a passeio em Budapeste. Vim pesquisar e ver imagens maiores, me deparei com sua página. É uma homenagem "triste" como já disseram e ao mesmo tempo importante e necessária, pois é através da memória que também aprendemos, que forjamos novas relações socais. Parbéns pelos registros, Gisele. Abraço
Olá Sandra, bem vinda ao blog. Sim, é uma homenagem triste, mas necessária. O mundo não pode deixar que atrocidades assim sejam esquecidas e memoriais deste tipo são uma forma de trazer à tona esta dura realidade. Muito obrigada pela visita. Um grande abraço.
Esse memorial nos ajuda a pensar o mundo de hoje, e não apenas o "futuro". As coisas não andam nada bem entre vários povos do mundo. Há muitas tensões entre fronteiras e perseguição a imigrantes em toda Europa. Lutemos todos e todas para que essa crueldade nunca mais se repita. Que ideologias neofascistas não germinem nem aqui e nem acolá. Pela paz no mundo, pelo respeito a todos os povos, pela acolhida solidária a quem mais precisa de ajuda. Essas são as minhas bandeiras de existência humana. Abraço e obrigada pelas belas imagens.
Sim, Sandra, memoriais como este nos fazem repensar o passado e projetar um futuro bem diferente, com mais união, paz entre os povos e justiça entre os homens. Faço de suas palavras as minhas. Muito obrigada pela visita, volte sempre. Um grande abraço.
Oi Gisele! Que impressionante seu relato sobre o Budapeste: Memorial “Sapatos às Margens do Danúbio”. Uma história muito triste, mas que deve ser sempre lembrada pra trabalharmos para uma humanidade melhor! ótimo texto.
Isso mesmo, Deyse, memoriais assim não nos deixam esquecer do passado, para que possamos construir um futuro diferente e melhor. Muito obrigada, beijos.