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AMSTERDAM – Museu Anne Frank: uma vida, uma história, um diário

Museu Anne Frank

Todos conhecem a história de Anne Frank, uma menina judia que viveu por mais de dois anos escondida com seu pai Otto, sua mãe Edith, sua irmã Margot e amigos da família, em um esconderijo na empresa de seu pai, de onde ninguém podia sair, com risco de serem presos e mortos pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial.

O Museu fica à margem de um canal e ao lado da Igreja Westerkerk

O que trouxe esta triste história à tona foi o diário que Anne escreveu no período de confinamento e que foi descoberto e entregue à seu pai, Otto Frank, quando ele retornou para Amsterdam, após ter sido libertado do campo de concentração de Auschwitz. De todos da família, foi o único sobrevivente.

Edith, a esposa de Otto, permaneceu em Auschwitz e morreu de doença e exaustão, enquanto Anne e sua irmã Margot foram levadas para o campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha, e morreram de tifo epidêmico.

Em nosso passeio de barco pelos canais, passamos em frente ao Museu

A empresa de Otto Frank e local do esconderijo, hoje abriga o Museu Anne Frank que mantém os ambientes preservados tal qual eram na época e recebem milhões de visitantes por ano.

Museu Anne Frank
Fachada da casa onde ficava a firma e esconderijo da família
Museu Anne Frank
identificada com a placa que diz: Casa de Anne Frank

Quando tentei comprar nossos ingressos pela internet, já haviam esgotado para o período que estaríamos em Amsterdam, então pensei em visitar comprando pessoalmente mesmo e enfrentando a temida fila que se forma diariamente na porta do Museu.

Recomendo para quem for à Amsterdam que compre com uma antecipação de no mínimo três meses e não deixe também para comprar lá, pois é quase que impossível e a pessoa corre o risco de não visitar o museu.

Esta era a fila que nos aguardava

Deixamos para o último dia, porque eu sabia que seria uma coisa que tomaria muito do nosso tempo e por causa disto tentamos visitar o máximo de lugares antes para que sobrasse só mesmo este museu para ver. Mas infelizmente não conseguimos, porque no dia que fomos a fila estava imensa, dando voltas nos quarteirões próximos ao museu.

E a fila continuava…

Vai ter que ficar para uma próxima visita à Amsterdam, infelizmente, mas tudo quanto pode, porque não dá para conhecer tudo mesmo e tínhamos que partir para Budapeste à tarde desse mesmo dia. É importante saber que não podem ser tiradas fotos nem fazer vídeos dentro do Museu Anne Frank, portanto, mesmo que eu tivesse visitado, não teria este material para publicar aqui.

Museu Anne Frank
Arquitetura dos prédios
Museu Anne Frank
tipicamente holandesa

Mesmo não conseguindo realizar meu desejo, achei muito interessante conhecer os prédios que compõem o museu e a região onde está situado.

Estátua de Anne Frank

Conseguimos visitar a Westerkerk, a maior igreja protestante da Holanda e onde está enterrado o pintor Rembrandt, além de conhecermos também o Homomonument.

A placa que indica o monumento

 

que foi construído em granito rosa
 e que avança sobre o canal
O Homomonument, como o próprio nome sugere, é um monumento que homenageia os homens e mulheres que sofrem ou sofreram alguma discriminação ou violência, devido à sua opção sexual e que lutam pela defesa desse direito.
É formado por três triângulos equiláteros e construído em granito rosa, como forma de relembrar a estrela rosa que os nazistas obrigavam os homossexuais a usarem, pregadas em suas roupas, como identificação de sua sexualidade.
Amsterdam é uma cidade corajosa e que respeita muito a individualidade dos cidadãos e direitos humanos, portanto, não foi surpresa para mim encontrar ali este monumento.
“Para tal amizade um desejo imoderado”, gravado em holandês sobre um dos triângulos
A frase acima é a tradução de um verso de um poema escrito pelo poeta e jornalista holandês homossexual, Jacoob Israel de Haan, que é considerado um mártir e que perdeu seu cargo de professor e escritor de uma coluna de jornal para crianças devido à sua opção sexual. Com certeza, foi uma surpresa marcante nas proximidades do Museu Anne Frank.
Quer se antecipar e adquirir seus ingressos para visitar o Museu Anne Frank e evitar as filas quilométricas? Clique no link abaixo da foto e veja como fazer:
E já que os ambientes do museu não podem ser fotografados nem filmados, assista ao tour virtual no site, percorra todos os cômodos do esconderijo e se surpreenda, clicando no link abaixo da foto.
Museu Anne Frank
Gisele Prosdocimi
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9 comentários sobre “AMSTERDAM – Museu Anne Frank: uma vida, uma história, um diário

  1. Stephanie

    Oi Gisele! Realmente as filas pra visitar o museu sao desesperadoras. Quando eu fui dei sorte de ter conseguido comprar o ingresso pela internet. O esconderijo e bem igual ao da serie que fizerem sobre a historia dela. Eu achei interessante, valeu a experiencia, mas nao acho tipo imperdivel. Acho que voce fez bem em aproveitar a cidade so inves de ficar horas na fila.

  2. Guaciara Rhein

    Que bacana! Eu li o livro da Anne Frank quando tinha uns 13 anos, fiquei encantada e chocada com a história toda. Ela era adolescente como eu, estava vivendo o primeiro amor no meio de tanto medo e violência… adoraria conhecer o museu! Pena que não deu certo para vocês irem, mas valeu a dica da antecipação! Bjs!

  3. Melissa Lima

    Minha filha, de 10 anos mas um "Etzinho" descobriu Anne Frank esses dias e , me fez comprar o livro pra ela. Eu, sofri do mesmo mal que o seu, quando estive em Amsterdan, não tive coragem de gastar um dia todo na fila, e pra piorar a situação, meu marido tem mais de 2 m de altura e teria uma certa dificuldade em subir pro tal sótão….rs Mas, eu um dia quero visitar ainda! 🙂

  4. Simone Hara

    Confesso que optei por não visitar a Casa de Anne Frank. Acho que essa seria um experiência que ia tocar muito fundo na minha alma, já li e reli o livro diversas vezes e me interessa muito o tema do Holocausto. Leio todos os livros sobre o assunto e assisto os filmes. Sempre me toca muito porque foi um período de horrores inimagináveis e no meio desse horror tantas histórias de perdas, e algumas por milagre de sobrevivência (mas igualmente com marcas profundas). Um período de trevas e muita maldade que nunca conseguirei entender como deixaram acontecer. Como uma nação toda foi contaminada desta forma pelo mal e como o restante do mundo se acovardou por tanto tempo. Quando fui a Amsterdam eu tinha acabado de sair de uma situação muito difícil e estava fragilizada emocionalmente. Não era o momento, mas um dia ainda irei prestar meus respeitos.

  5. Poliana Cardozo

    Quando estive em AMS não visitei este local, por dois motivos um ideológico (o dia em que campos de refugiados e os territórios palestinos forem tidos como atrativos turísticos para que o mundo possa se chocar com os horrores deste holocausto, assim como outros, turisticamente o holocausto judaico terá a minha atenção) e outro por não querer pesar o clima da viagem que estava tão legal!
    Mas ainda assim já soube que é um dos melhores museus de ambiência da Europa, e deve ser pelas filas.
    Abraços

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