Um dos museus que mais gosto em Belo Horizonte é o Museu Histórico Abílio Barreto, fundado em 1943 com o nome de Museu Histórico de Belo Horizonte, mudando sua denominação em 1967, com o objetivo de homenagear seu fundador e primeiro diretor, o jornalista, escritor e historiador Abílio Barreto. Uma justa homenagem para o homem que percebeu a importância de reunir um acervo que contasse a história de Belo Horizonte para as gerações futuras.
Em algumas ocasiões, quando retorno do trabalho, chego a desviar do meu trajeto só para passar em frente deste museu e fico parada no sinal em frente, observando a beleza deste oásis de tranquilidade dentro da metrópole, iluminado pelas luzes do entardecer.
O casarão antigo é um charme só
Duas edificações compõem o museu, uma antiga e outra moderna, sendo esta última um belíssimo projeto de Álvaro Hardy e Marisa Machado Coelho. As duas estão interligadas por um espaço onde estão preservadas árvores centenárias, gramados verdes e flores bem cuidadas.
O edifício moderno fica na Av. Prudente de Moraes, 202
A exposição O Museu e Cidade Sem Fim trás à tona a questão do crescimento desenfreado das grandes cidades e da importância dos museus como elemento fundamental para preservar a memória e a história antes que se percam.
Fotografias com manifestações populares, incluindo as passeatas propondo eleições diretas, as históricas Diretas Já
O tema Carnaval como importante expressão popular
O antigo casarão é um fiel representante da arquitetura colonial da época em que Belo Horizonte era conhecida como Arraial do Curral del Rei e era a sede da antiga Fazenda do Leitão.
A preservação deste importante imóvel colonial é surpreendente e encantadora ao mesmo tempo, pois nos remete ao passado quando percorremos seu entorno e interior.
Materiais rústicos preservados
Janelas de madeira nobre
Verdadeiras molduras do belíssimo exterior
Madeira maciça e pedras brutas são materiais predominantes
O telhado cobre a grande varanda com delicado desenho
A frente do casarão é imponente e bela
Placas registram a importância do museu
Atualmente a programação na unidade moderna expõe figurinos, cartazes, troféus e demais elementos de peças teatrais, mostrando o teatro como importante arte cultural popular.
No sub-solo, à parte, a obra “Abençoando as Terras do Bandeirante”, registra a cena da chegada do bandeirante João Leite da Silva Ortiz às terras do futuro Arraial e mostra o resultado dos importantes trabalhos de restauração realizados pelo museu, para a preservação e divulgação do acervo.
Obra de Sigaud, conhecido como o pintor dos operários
Trabalho delicado, minucioso e de grande valor
Na grande área arborizada, peças antigas e de grande valor histórico estão permanentemente expostas e podem ser admiradas pelos visitantes que se surpreendem pela antiguidade e conservação das mesmas.
Antiga locomotiva de manobra, fabricada nos Estados Unidos
Coche datado de fins do século XIX
Este bonde elétrico é o grande astro do museu
Todos se encantam por ele
A cabine de elevador foi encontrada soterrada no prédio do atual Centro de Cultura de Belo Horizonte
Placa da exposição na fachada
Na saída, difícil não olhar para trás
e registrar aquela última foto
Últimos posts por Gisele Prosdocimi (exibir todos)
- Porto Antico di Genova, Italia - 8 de novembro de 2024
- Hotel Wyndham Foz do Iguaçu - 8 de outubro de 2024
- Bate e volta de Santiago à Viña del Mar - 8 de agosto de 2024
Excelente reportagem, Gisele! Como canta Milton Nascimento: "o que foi feito é preciso conhecer para melhor prosseguir".
Muito obrigada, Fiúza, seu comentário abrilhantou o post, espero sempre te ver por aqui. Um grande abraço.
Pingback: Festival de Risotos no Othon Palace Belo Horizonte | Destinos Por Onde Andei...
Nossa que museu legal, não sabia de sua existência, e olha que sou Belorizontina kkkk, quero conhecê-lo urgente 🙂
É um museu muito legal que conta a história do surgimento de Belo Horizonte e muitas pessoas não conhecem. Ainda bem que fica bem perto da minha casa, rsrs.