Incluímos Budapeste em nosso roteiro de viagem por três bons motivos. Primeiro, porque haveria uma corrida da temporada de Fórmula1 2015 acontecendo exatamente no meio de nossa viagem pela Europa e meu marido e filho não perderiam isto por nada neste mundo.
O segundo motivo é que eu, uma blogueira apaixonada por viagens, vi que seria uma grande oportunidade de incluir este destino incrível e inusitado em minhas andanças pelo mundo e criar posts que ajudarão pessoas a viajar melhor para a Hungria com minhas dicas e informações.
E o terceiro bom motivo é que
Budapeste é considerada uma das mais belas cidades da Europa, a chamada “
Pérola do Danúbio“.
Budapeste ao entardecer
Com meu marido e o Castelo de Buda como cenário
A Pérola do Danúbio
Chegamos à capital da Hungria às 23:30 h, em um vôo que partiu do aeroporto Schiphol de Amsterdam às 16:30 h, com conexão em Frankfurt na Alemanha. Adoro as conexões, porque acabo conhecendo mais um aeroporto e um pouquinho das características daquela cidade e país.
E sempre temos um tempinho para comprar uma lembrancinha daquele lugar, nem que seja um imã de geladeira, que nos fará lembrar por um longo tempo da viagem.
Chegando à Budapeste fomos trocar os Euros pelos Florins Húngaros, a moeda do país. Existe um guichê onde a atendente faz a conversão e te entrega os florins húngaros sem maiores perguntas, bastando apresentar a quantidade em euros que você quer trocar e seu passaporte.
Troque a menor quantidade possível, porque na cidade haverá uma enorme oportunidade de trocar as moedas por uma conversão melhor para você, fica a dica.
Guichê de câmbio no aeroporto de Budapeste
e outro dos tantos que estão espalhados pela cidade
Pegamos um táxi e seguimos para nosso hotel, que fica em uma região bem central de Budapeste, em Peste.
O motorista era um senhor muito sério, bem vestido e não dizia uma palavra. Silêncio total durante o trajeto, com algumas interlocuções minhas, que não sei ficar de boca fechada.
Dizia o quanto a estrada era estranha, mal iluminada e deserta, e minha família só concordando. Afinal, o motorista não iria entender nada mesmo.
Aí chegamos à cidade e a coisa ficou pior. Minha primeira impressão de Budapeste foi horrível. A cidade ainda é iluminada por aquelas luzes amarelas antigas, daquelas que iluminam pouco as ruas e dão um certo ar de mistério e insegurança. Meu primeiro pensamento foi: – Onde eu vim parar???
Budapeste à noite
não exatamente no dia que chegamos e bem mais cedo
Mal sabia eu que o grande charme de Budapeste era exatamente este, uma volta ao passado em clima de Leste Europeu. Muitas histórias e descobertas, um lugar para nunca mais ser esquecido.
Não é atoa que também é conhecida como a “Paris do Leste Europeu”
Na manhã seguinte, quando o dia clareou e após uma noite bem dormida, passou toda aquela sensação de “O que eu tô fazendo aqui???” e minha impressão mudou completamente para melhor.
Um bom café da manhã e já comecei a fazer meus planos de andanças durante nossa permanência na cidade.
Olha eu aí, já fazendo pose próximo à Ponte das Correntes
e nas barracas coloridas das ruas
Para quem ainda não sabe, Budapeste é dividida pelo Rio Danúbio entre os lados Buda e Peste. Ficamos hospedados no lado Peste, que é o melhor para quem quer desbravar a cidade.
Peste é plana, mais moderna e possui os melhores hotéis, lojas e restaurantes, gostei muito de ficar hospedada nesta parte da cidade.
Do lado direito da foto, Peste toda plana
Já Buda é mais antiga, montanhosa e residencial. Existem hotéis e hostels, mas é um lugar mais difícil de percorrer, sendo melhor mesmo só para visitar os locais imperdíveis que estão lá, como o Castelo de Buda, o Bastião dos Pescadores, Igreja de Mathias, a Citadela e a linda Gellért Thermas e Spa.
e nesta outra algumas colinas de Buda à direita
No primeiro dia resolvemos andar um pouco pela cidade para conhecermos melhor o território, rsrs. Fui me maravilhando com tudo que encontramos pelo caminho.
Prédios maravilhosos, jardins floridos, uma Budapeste Eye, trens metropolitanos (trans) e muitos monumentos, uma cidade para ser admirada com calma.
Prédios com rica arquitetura, embora maltratados
Muitos fechados para reforma
Outros já plenamente renovados
Flores em vasos
e canteiros espalhados
por todo lugar
Estátuas homenageando os ilustres homens da pátria, em praças
e em várias esquinas. Muito patriótico!
Os úteis trans
e a Budapeste Eye, afinal era verão.
Adorei as passagens subterrâneas
que todos utilizam para atravessar as ruas em segurança
na cidade das placas quase incompreensíveis (o museu eu consegui entender, rsrs)
e da pimenta que é feita a famosa páprica.
Budapeste é a 6ª cidade mais visitada da Europa e logo no primeiro dia já deu para entender o porquê.
A capital da Hungria passou por muitos revezes ao longo de sua história e a mais marcante foi a ocupação nazista que deixou marcas profundas na população e na cidade.
Inclusive, Budapeste chegou a ficar completamente arrasada durante a Segunda Guerra Mundial. Mas o que percebemos é que ela está se modernizando e globalizando, sem abrir mão de suas tradições.
Um destino imperdível e uma das cidades mais baratas para se conhecer na Europa. Tendo oportunidade não deixe de visitá-la, você vai se surpreender.
Amo viagens, fotografia e gastronomia, posto tudo aqui no blog com o objetivo de informar, registrar e compartilhar lugares e momentos maravilhosos com as pessoas que também curtem estes hobbies.
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Adorei o post. Budapeste entrou na lista da viagem que fiz com meu pai e foi muito gostoso! Apesar das primeiras impressões da cidade terem sido meio dúbias. :)
As minhas impressões também foram, como descrevi no post, Rafael. Muito obrigada por passar por aqui, beijos.
LiNada cidade. As fotos retratam muito bem a beleza e o brilho dos lugares.
Muito obrigada, Sueno, muito bom ver você por aqui. Um grande abraço.
Também tive a primeira impressão "o que estou fazendo aqui" quando cheguei, mas depois me encantei pelo lugar. O Chico disse em seu livro que Budapeste é uma cidade amarela. Creio que muito se dê por essas luzes amarelas. A língua é um capítulo à parte. Segundo o mesmo autor, é a única língua que o diabo respeita. Pra ser fluente só nascendo lá e de duas gerações de húngaros. Rs
Olá, Cristiane, que interessante suas informações, não li o livro do Chico Buarque, mas ele traduziu muito bem Budapeste. Ela é amarela devido à sua linda iluminação noturna, como você disse crer, acredito nisso também. Já a língua, realmente um dialeto incompreensível, mas um charme à parte para um lugar tão misterioso, não é? Muito obrigada por sua visita e dividir suas impressões com a gente.
Só há duas cidades que exercem em mim uma paixão irresistível. Cidades gosto de muitas. Como não gostar de Londres, Paris, Barcelona, Viena, Praga, Sao Petersburgo e outras? Mas gostar é uma coisa, sentir-se apaixonado é outra. E paixão é uma coisa que não se explica nem discute - simplesmente sente-se. Essas cidades são Lisboa e Budapeste.
Moro em Portugal, vou a Lisboa sempre que posso e procuro ir todos os anos a Budapeste. Tornou-se uma necessidade difícil de controlar. Até o básico da língua húngara tenho procurado aprender.
Que relato maravilhoso, Fernando, também me apaixonei por Budapeste e adoraria voltar inúmeras vezes à cidade. Pena que não moro na Europa, como você, porque seria mais fácil retornar à esta cidade maravilhosa. Muito obrigada pela visita, seja sempre bem vindo!