O CCBB BH, Centro Cultural do Banco do Brasil de Belo Horizonte, recebe a Exposição ComCiência e apresenta aos belorizontinos as obras da artista plástica australiana Patrícia Piccinini que estão fazendo sucesso na capital mineira.
Tive o prazer de visitar a exposição e conhecer de perto as obras que já havia visto na internet e em revistas, sendo muito elogiadas e fotografadas, relaciono abaixo as que mais me chamaram a atenção.
O Observador
Logo na entrada já encontramos uma das obras que surpreende nosso olhar, onde uma pequena criança está em cima de uma pilha de cadeiras, tranquila, serena, como se o perigo ali não existisse.
Grande Mãe
Quem recebe os visitantes para a Exposição ComCiência é a obra Grande Mãe, onde um ser, meio macaco, meio humano, acolhe e amamenta uma criança, substituindo a verdadeira mãe.
O objetivo da artista é projetar uma imagem de outros seres cuidando de nossos filhos no futuro. Uma babá futurística, será???
O Tão Esperado
Para mim uma das melhores obras, onde a doçura da cena transborda e não choca pelo inesperado, uma criança debruçada carinhosamente sobre um animal parecido com um peixe boi.
O Visitante
Em um quarto uma criança interage com um ser peludo de patas em forma de garras e tanto a menina quanto o estranho ser se admiram, encantados com as características tão diferentes de cada um, sem espanto, sem medo, sem estranheza.
O encanto dessa obra, na minha opinião, está na inocência das criaturas que se contemplam e se descobrem, fascinadas, enquanto aos pés da cama, um pavão observa a cena imóvel, essa é a minha obra preferida.
E o que é admirável também é como as as criaturas e crianças parecem tão reais, como se estivessem vivas.
A Confortadora
Uma menina, meio criança, meio adolescente, acalenta um ser estranho ainda bebê e o olha com uma ternura quase materna. As pernas peludas demonstram que ela também é uma criatura diferente dos humanos.
Indiviso
Uma criança dorme tranquilamente enquanto divide a cama com um animal que a envolve em seus braços.
Sugere um animal de estimação e a intimidade dos dois não deixa dúvidas da amizade e carinho envolvidos, enquanto o ursinho de pelúcia, seu brinquedo, se encontra caído ao chão.
O Substituto
Não entendi o sentido do título da obra, mas me pareceu um animal indefeso e quase infantil, à espera de alguém que cuidasse dele e o acolhesse.
A Força de um Braço
O título resumo a obra em que um ser se mantém erguido somente pela força de seu braço em um caprino. que se mostra indiferente ao movimento do equilibrista.
O Golpe
Um macaco vestido como uma criança segura uma pequena ave e o movimento sugerido pela mão leva a crer que fará algo contra o animal. As feições do rosto também sugerem uma certa agressividade.
Flor Bota
Esta obra é uma das que menos gostei, pela própria excentricidade da imagem, onde um corpo sentado sobre um caixote tem a cabeça em forma de flor e longos cabelos. As flores ao redor preenchem toda a sala, criando um jardim uniformemente branco.
Thunderdome e Arcádia
Um salão com quadros da artista plástica também estão expostos e neles, momentos do cotidiano das pessoas são invadidos por criaturas, sem que elas se horrorizem.
Essas foram as obras que selecionei e que mais me chamaram a atenção. As impressões são minhas e independe de alguma análise de crítico de arte, só mesmo um ponto de vista de alguém que admira, mas que não julga.
Acredito que o objetivo da artista plástica Patrícia Piccinini é exatamente este, fazer cada um entender da forma que sente o que está vendo, já que várias obras nos transmitem emoções diferentes.
Também acredito que a artista quisesse transmitir uma mensagem de humanização das diferenças entre os seres humanos, criando imagens em formas de criaturas, tão próximas a eles, que as aceitam como são e transmitem a elas um afeto sincero.
Site: CCBB BH – Centro Cultural do Banco do Brasil de Belo Horizonte
De 12/10/16 a 09/01/17
De 9h às 20h – Entrada Franca
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